Nutricionistas de todo mundo são unânimes em indicar o consumo de alimentos sazonais: eles são mais frescos, nutritivos e baratos. Se forem cultivados na própria região territorial do consumidor, melhor ainda. Essa é razão por que você deve ficar atento às mudanças na oferta dos produtos disponíveis nas bancas das feiras e dos supermercados. Todos os meses vai-se dando lugar a novos ingredientes, como o pinhão, disponível somente uma vez ao ano.
Poucos sabem, mas esta semente é fonte de fibras, proteínas, carboidratos e de minerais importantes como o potássio, o cálcio, o ferro e o zinco. As fibras nele contidas são aliadas do funcionamento saudável do intestino. Essa característica nutricional contribui para o controle do colesterol, auxiliando na eliminação dos sais biliares (substâncias produzidas por meio do colesterol e utilizadas na digestão das gorduras).
O potássio, nutriente importante do alimento, é conhecido como um vasodilatador. Uma vez que ele contribui para o aumento do diâmetro das artérias, o sangue passa a circular com mais facilidade no organismo, reduzindo, dessa forma, a pressão arterial. Consequentemente, ambos os nutrientes ajudam a evitar doenças cardiovasculares. Destacam-se, ainda, os carboidratos. “O nele contido é do tipo complexo. Ou seja, garante maior saciedade e estimula o equilíbrio intestinal, recuperando a flora bacteriana e melhorando o sistema imunológico”, informa a nutricionista Alline Cristina Schüncke (SP).
CONSUMA COM MODERAÇÃO
Como todo alimento, é necessário consumir de forma equilibrada. O pinhão é uma semente bastante calórica e rica em carboidratos. Isso significa que ele garante energia para as atividades do dia a dia, mas é necessário ficar atento às porções. De acordo com a nutricionista Alline, ele deve ser consumido no almoço ou no jantar, acompanhado de salada ou algum tipo de carne.
A recomendação é ingerir 100 g por dia (10 unidades), o equivalente a 174 kcal. O pinhão pode fazer parte da alimentação de qualquer pessoa, sem restrição de idade, desde que seja seguida a recomendação diária de consumo. A pesquisadora Cristiane Helm, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa (PR), diz que o alimento também é indicado para pessoas com doença celíaca, pois a farinha do pinhão não contém glúten.
“O pinhão deve ser ingerido cozido ou na forma de farinha, que pode servir como ingrediente para pães, massas alimentícias, biscoitos e bolos”, indica Cristiane. Para esse tipo de consumo, é necessário triturar o nutriente em um liquidificador ou processador. A farinha de pinhão pode substituir a farinha de trigo.
PINOLI, UM PARENTE ITALIANO
O pinoli pertence à família das oleaginosas, mesmo grupo das castanhas, nozes e amêndoas. É rico em proteínas, fibras, zinco, cobre, ferro, manganês, magnésio e algumas vitaminas do complexo B. “A maior parte da gordura do alimento é de boa qualidade e apresenta ômega 3, 6 e 9, essenciais para o bom funcionamento do organismo, pois auxiliam na redução do colesterol, ajudando a prevenir doenças cardiovasculares”, diz Andrea Stingelin Forlenza, nutricionista (SP). Por serem ricas em antioxidantes e apresentarem baixo índice glicêmico, as oleaginosas reduzem o risco de desenvolver doenças cardíacas e diabetes. A indicação é consumir até duas colheres (sopa) por dia de pinoli, devido o alimento ser muito calórico. Você pode adicioná-lo em saladas, tortas, bolos, pães ou no recheio de massas.
Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/